quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ministro da Administração Interna "chama" municípios para construção de cidades mais seguras

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou hoje que a segurança é "um bem cada vez mais complexo" e que é necessário "chamar os municípios" e todos os cidadãos na construção de "cidades mais seguras".

"As forças de segurança têm um papel insubstituível? Sim. Têm o monopólio do exercício da força em nome do Estado? Sim. O Governo tem uma responsabilidade insubstituível em termos de política de segurança? Tem. Mas a segurança é um bem de todos e que compete a todos assegurar numa outra dimensão. É aí que entra a ideia de segurança comunitária", disse Rui Pereira. O ministro falava durante a assinatura de um protocolo entre o Fórum Português para a Prevenção e Segurança Urbana (FOPPSU) e o Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), hoje celebrado em Lisboa e que visa a troca de conhecimentos e práticas que impulsione o desenvolvimento de estratégias e acções referentes à segurança urbana.Rui Pereira falou também dos contratos locais de segurança, e mesmo reconhecendo ser ainda "prematuro" fazer uma análise ampla aos mesmos, deu como exemplo o contrato de Loures, "um dos primeiros a ser celebrados", e que já produziu "resultados visíveis", nomeadamente o facto da própria comunidade local "se rever" no protocolo. O presidente do FOPPSU e também autarca de Matosinhos, Guilherme Pinto, sublinhou, por seu turno, o "particular papel" das cidades na resolução de um "problema que tem tudo a ver com a qualidade de vida dos cidadãos", a segurança no espaço urbano. Para Guilherme Pinto, o protocolo hoje assinado visa "melhorar a capacidade de intervenção das autarquias" a nível local, na procura de debelar não só a criminalidade mas também o "fenómeno conexo" que é o "sentimento de insegurança" das populações. Já o director do ISCPSI, Paulo Gomes, destacou na cerimónia a "complexidade" do tema da segurança urbana, sendo necessário, no entender do responsável, "associar o trabalho da PSP a atores locais", casos de governos civis e polícias municipais, por exemplo.A presença do ministro da Administração Interna foi vista pelo director do ISCPSI como um sinal de um "renovado testemunho à abordagem da segurança urbana", tema que exige "soluções locais para problemas locais". O Governador Civil de Lisboa, António Galamba, marcou também presença na assinatura do protocolo.

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